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NAMORO CRISTÃO
NAMORO CRISTÃO

O Namoro do Cristão: Propósito e Compromisso

 

Introdução

Quando Deus criou o ser humano, dotou-o de mecanismos especiais que exercem atração entre os sexos. Trata-se de um conjunto de sentimentos e emoções, incluso o sexo, que levam o rapaz a sentir forte atração por uma garota e vice-versa. Não é difícil compreender por quais razões um rapaz sente atração por uma moça: ela é essencialmente bonita, dotada de aspectos estéticos de beleza; assim, seu olhar, sua pele, seus olhos, seus cabelos, seu andar, seus trejeitos, tudo, enfim, sugere beleza e encantamento.

É um tanto mais difícil entender por que uma moça sente atração por um rapaz: sua pele é áspera, seu rosto meio-redondo-meio-quadrado, pernas francamente horríveis, às vezes não tem cabelos e, via de regra, é completamente fora de esquadro...

Não obstante, a moça olha para um tipo assim e o imagina um Adônis. Qual será o mecanismo que leva a moça a se encantar pelo feioso rapaz? Quando Deus criou o primeiro casal, disse à mulher: "... e ele te governará" (Gn 3:16c). A idéia de governo envolve liderança e é isto algo que Deus quis inserir no casamento: alguém, no caso o marido, assumindo a principal liderança do lar.

A lista das características de uma liderança é mais ou menos extensa, segundo cada especialista. Gosto da enumeração dada por Ordway Tead, citado por J R Whitaker Penteado (Técnica de Chefia e Liderança – Livraria Pioneira Editora, 1965 – página 18). Segundo ele, uma liderança desejável incluirá: energia física e nervosa, sentido de objetivo e direção, entusiasmo, cordialidade e afeição, integridade, competência, poder de decisão, inteligência, habilidade para ensinar, fé.

A moça deseja ver no homem de sua vida condições para assumir o papel de líder principal, a fim de que encontre a equação para sua existência. O casamento transmite à mulher um senso de realização, de estabilidade, de equilíbrio e proteção. Afinal, parece-nos que, algumas vezes, quanto mais feio é o homem, mais senso de proteção ele transmite...

É notório que vivemos numa sociedade muito complexa e difícil. Padrões morais foram banidos e muitos "marcos de referência" foram retirados. Uma neo-sexualidade tomou conta de todos os escaninhos da sociedade. A perversão do sexo é a tônica deste nosso tempo. Na área do namoro, a gritante permissividade é o veículo para o descaminho e a miséria moral. Se o começo é mau, o que vem depois será pior, pois toda a prática licenciosa do namoro conspira contra a estabilidade do lar e da família.

Diante disto é que o jovem cristão terá que definir suas atitudes e comportamento.

Motivos errados para namorar

O sentimento de rivalidade ou competição tem levado muitos jovens e iniciarem um namoro. Pensam que não podem ficar atrás, pois todos os demais seus amigos já namoram. Outros há que começam um namoro com a idéia de provocar ciúmes em terceiros.

Jovens sem orientação firme tendem a usar o namoro como instrumento de auto-afirmação. Seja porque têm dúvidas quanto à sua masculinidade ou feminilidade, seja porque outras pessoas colocam suas dúvidas sobre eles. Muitas moças, com medo de ficar para "titia", procuram desesperadamente auto afirmar-se iniciando um namoro – não importando com quem seja. Por outro lado, há aqueles rapazes e moças que, oriundos de lares problemáticos, desejam namorar como forma de romper com os laços paternos, buscando, assim, uma liberação das pressões existentes em seus lares; geralmente, estes jovens usam o tempo de namoro para desabafar no parceiro os seus traumas, criando situações difíceis no relacionamento a dois. São jovens dominadores, visando o parceiro como objetivo para dominar, pressionar ou castigar. Meio passo para o recrudescimento de um comportamento anômalo.

Quantos desastrosos namoros já existiram por causa de sugestões de terceiros! Muitas vezes, são as próprias mães que começam a "empurrar" as filhas em direção a algum bonitão que chegou à igreja. Há a considerar, também, que toda a literatura mundana conspira contra o bom namoro. Verdadeira avalanche de revistas românticas existe no mercado. O que dizer, então, das telenovelas? São montadas à base da exploração dos sentimentos e do sexo. Mas há, ainda, outra nefasta fonte de indução ao namoro: os signos do zodíaco ou a indústria do horóscopo. É incrível a influência exercida por estas superstições, tidas como científicas. Jovens iniciam um laborioso trabalho na busca do suposto parceiro, baseados tão somente em argumentos como: "leão não combina com escorpião" ou, ainda, porque cabrito não dá certo com jacaré...

A inversão dos valores morais tem levado o jovem atualmente a ter idéia errada a respeito desta romântica etapa da vida. Namorar hoje significa praticar a exploração do corpo da namorada ou do namorado.

Aqui estão algumas das muitas idéias erradas para começar um namoro. Certamente que um namoro estabelecido em bases erradas trará dissabores e angústias, cujas marcas poderão permanecer para o resto da vida.

Propósito

É natural que, para todas as atividades humanas, tenhamos um propósito que nova mova em direção ao alvo. Quando os fins não estão bem definidos, a execução dos meios não traz realização e alegria. É o que ocorre com o namoro, também. Se o jovem não está imbuído de um propósito correto diante de si, a prática do relacionamento a dois há de sofrer as conseqüências.

Pretendo, pois, enquadrar a questão do namoro, dando um tratamento bíblico às seguintes perguntas:

 

Por que namorar?
É certo que a maioria das pessoas se casa. Casar é o estado normal ordenado por Deus. Segundo a Bíblia, o celibato é exceção. Veja o texto de Mateus 19:10-12.

O casamento, segundo o plano bíblico, visa completar a personalidade dos parceiros. Há áreas que necessitam ser atendidas, a fim de que haja crescimento e amadurecimento:

(1) Espiritual – Conquanto a vida espiritual dependa diretamente do relacionamento pessoal com Deus, através da meditação e obediência às Escrituras e de uma vida de oração, é certo que duas pessoas afinadas num mesmo propósito de agradar a Deus, crescerão espiritualmente em ajuda mútua. É no casamento que marido e esposa podem conhecer os mais íntimos anelos do parceiro e, assim, envidar seus esforços no sentido de caminhar ao lado do outro na busca da vontade de Deus para si, como casal. É importante verificar o que dizem os textos bíblicos em Amós 3:3; 1 Pedro 3:7 e Mateus 18:19,20.

(2) Psicológica – Todos os indivíduos têm determinadas carências, sejam afetivas ou por necessidade de atingir suas aspirações. No casamento esta área é satisfeita quando os cônjuges promovem entre si a interação dos seus afetos. A solidão não é característica do ser humano. Todos nós ansiamos por pertencer a alguém e também por atender essa necessidade psicológica de outrem. Não é mera retórica quando Deus disse: "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea" (Gênesis 2:18). O Dr. Clyde M. Narramore diz a respeito: "É uma necessidade psicológica embutida, que o próprio Deus instilou na natureza humana". (A Psicologia da Felicidade – Editora Fiel – São Paulo, 1977 – página 50).

(3) Social – Comunicação é o ato de compartilhar de alguma coisa com alguém. O ser humano, sendo gregário por natureza, não aprecia ficar só. Precisa de alguém, constantemente, para comunicar-se. O casamento é uma esfera muito própria para a comunicação, pois o marido participa da vida da esposa e vice-versa. O Dr. J. E. Giles acentua a respeito: "A esposa ou o esposo é a pessoa com quem se pode ter mais oportunidade de comunicar-se e nesta relação a comunicação chega a seu nível mais íntimo e profundo". (Bases Bíblicas de la Ética – El Paso, Texas – Casa Bautista de Publicaciones, 1969 – página 128).

(4) Biológica – Dotados de mecanismos sexuais, tanto o homem como a mulher encontram no relacionamento conjugal o atendimento correto para estas necessidades. A sexualidade é vista nas Escrituras com fins procriativos. A Bíblia dá muita ênfase ao fato de se ter filhos. Considera isso como bênçãos de Deus. Também está muito clero que a família é a célula ideal para criar filhos. Não há lugar para famílias coletivas, nem para qualquer tipo de "produção independente". Aflora, cristalinamente, o princípio básico de o lar ser formado por um homem que será o marido, por uma mulher que será a esposa, os quais terão os seus próprios filhos. É uma relação fechada, que não admite intermediação ou promiscuidade.

Outro aspecto bíblico da sexualidade é que ela atende um requisito essencial na manifestação amorosa do casal. Trata-se de uma maneira muito especial e íntima de marido e esposa expressarem o amor entre si. Consulte o texto de Provérbios 5:15-20 e todo o livro de Cantares.

São poucas as pessoas que se encaixam biblicamente no dom especial do celibato. Segundo a Bíblia, nada há de errado em ficar solteiro ou solteira. Erroneamente, a felicidade é associada ao fato de se estar casado. É perfeitamente possível ser solteiro e levar uma vida fascinante. O apóstolo Paulo define muito bem esta situação quando dá instruções sobre o assunto em 1 Coríntios 7:1-9.

 

 

Com quem namorar?

Esta pergunta já foi feita milhares de vezes por jovens encalhados. Algumas moças fazem a pergunta com certa sutiliza, como se dissessem: "Eu quero me casar, mas não vejo ninguém na minha frente... não há mais rapazes nas igrejas e os que existem são uns panacas..."

É um pergunta muito séria, que exige resposta não menos séria. Infelizmente, tem havido afrouxamento nos princípios bíblicos relacionados com o lar. O casamento espiritualmente misto tem sido uma constante em muitas famílias cristãs. Conheço todos os argumentos apresentados para tentar justificar a violação do princípio bíblico. Enfatiza-se a exceção da conversão de um cônjuge para generalizar o caso. Não parece claro a muitos jovens e até a líderes que a Bíblia afirme: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão da luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e o Maligno? Ou que união do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo (2 Coríntios 6:14-16).

O texto evidencia a incompatibilidade existente entre algumas expressões: justiça versus iniqüidade; luz versus trevas; Cristo versus Maligno; crente versus incrédulo; santuário de Deus versus ídolos. Mostra que essa incompatibilidade inibe a aplicação de termos vitais, como: sociedade, comunhão, harmonia, união e ligação. A questão é: se tirarmos essas expressões vitais da existência de um casal qualquer, o que sobrará?

Quando um rapaz ou moça pretende encontrar o futuro parceiro de sua vida, deve ter em conta a compatibilidade espiritual. Isto significa:

 

Cristão genuíno – Não basta ser membro de igreja. Há de demonstrar evidências claras do novo nascimento, no dia-a-dia, na maneira de falar, nos gestos e atitudes, na forma como encara a vida e suas circunstâncias. Esta avaliação é necessária devido a que, infelizmente, há joio nos quadros de membros.


Capacidade crescente de discernimento – Uma vez convertido, o rapaz ou moça deverá desejar o crescimento de que Paulo fala em Efésios 4:15,16. O processo de crescimento dá acuidade espiritual, sintonia plena com o propósito de Deus e submissão à Sua vontade. Um cristão retardado, que ainda vive à base de mamadeira, porque não estuda a Palavra de Deus e nem gosta de orar, não oferece boas condições para assumir o importante lugar de marido ou esposa. Penso que aqui temos alguma resposta para o problema de muitos casais, membros de nossas igrejas, que estão se separando. Está havendo falta de discernimento, sintoma de subnutrição espiritual.
c) Quando namorar?

Vemos que os namoros de hoje têm muito de prosaico, apenas para passar o tempo. Um namoro firme deveria ser estabelecido quando:

(1) Há perspectivas de casamento – Em verdade, não existe uma tabela de tempo que determine a duração ideal do namoro. Contudo, é necessário um critério, um equilíbrio. Certamente, um namoro muito curto não dará condições para que os namorados se conheçam mutuamente, num nível para estabelecer metas e propósitos comuns que durarão a vida inteira. Há, ainda, um tempo necessário de oração em conjunto, para que Deus possa estar confirmando Sua vontade específica para os dois. Por outro lado, namoros que se arrastam por anos e anos, além de darem aquele "chá de sofá" e canseira nos pais da moça, propiciam liberdade e intimidade inadequadas. Acabam avançando, prematuramente, em relacionamento sexual que é reservado e propício somente para a vida de casados. Assim, entra em jogo a questão da defraudação sexual, como bem expõe o pastor Israel Carlos Biork em seu livro "Jovens, desenvolvei a vossa salvação!", IBR, São Paulo, 1979, páginas 53 a 66.

(2) Há capacidade de previsão e provisão – Se o casamento implica em responsabilidades, então há necessidade de prever e prover. Estabelecer um lar significa, também, dotá-lo de condições para que a vida a dois, separada dos pais, seja factível. Há, além da habitação, móveis, instalações, objetos diversos que compõem uma casa. Alguém precisa adquirir essas coisas. Depois, há um orçamento doméstico, a compra de comida, de utilidades, de medicamentos, etc. Rapidamente chega o primeiro filho e, então, as despesas sobem assustadoramente. É preciso pensar nessas coisas, pois são reais.

A profissão ou atividade ocupacional deve estar definida. É importante uma visão bíblica sobre questões de dinheiro e finanças. Namoros voadores podem ser muito românticos, mas quando se põe o pé no chão, a coisa é diferente.

Assim, se há impeditivos circunstanciais para um casamento a médio prazo, como longos ciclos escolares em andamento, nenhuma definição profissional, remuneração não condizente, páre e pense um pouco.

É verdade que estas colocações mais se aplicam ao rapaz, tendo em conta que ele será o principal provedor do lar, mas, o alerta é válido, também, para as meninas, pois muitas delas se apressam em namorar mas desconhecem completamente o que é uma casa em funcionamento, não sabem cozinhar nada, não têm qualquer idéia de economia doméstica, nada sabem de puericultura, mal sabem fazer um café... Biork, em seu livro citado, à página 81, diz: "O cristão só deve namorar quando estiver desejoso e pronto para planejar seu casamento, quando tiver competência para sustentar sua casa e para criar os futuros filhos".

Compromisso

Os tempos mudaram muito e já não se namora como antigamente! Os costumes eram outros, havia mais sobriedade, mais fineza, mais romance, quando um simples olhar dizia muita coisa... Havia mais fascínio. O namoro atual tende a ser explosivo, vulcânico, onde a paixão desenfreada toda o lugar da serenidade, onde a exacerbação do sexo toma o lugar da decência. Um simples olhar aos casais de namorados pelas praças e becos ou, então, nos veículos estacionados ao longo de ruas e jardins, dá idéia do que está ocorrendo. Mais do que isso, muitos namorados já moram e dormem juntos, como se fossem casados! Os jovens advogam que os tempos são outros e os padrões mudaram. Assim, dizem, o que era vergonhoso antigamente, hoje não é mais; pelo contrário, é moderno, é elegante, é autêntico, é charmoso, é colunável, é...

Para o cristão, entretanto, os padrões não mudaram. O que era pecaminoso antigamente continua sendo hoje também; o que era lascivo nos tempos dos avós o é igualmente nos nossos dias. Quando a Bíblia recomenda a santidade de pensamentos e conduta e exorta à abstenção de qualquer impureza sexual, está-se dirigindo tanto aos namorados do primeiro século como aos de agora. A natureza humana é sempre corrupta em qualquer época ou sociedade. É por isso que a Palavra de Deus insiste tanto na disciplina da mente, dos pensamentos, porque é daí que brotam a má conduta e o testemunho negativo.

Como portar-se, então, à luz das Escrituras? Até que ponto são permitidas liberdades entre os namorados? O que é válido e o que não serve?

(1) Como namorar - É certo que dois namorados não são estranhos entre si. Uma atmosfera de emoções e sentimentos fortes se forma em torno deles, quando se encontram. Há uma afeição crescente, que se iniciou com simples simpatia e amizade e que, dia-a-dia, se avoluma até que ambos concluem que a vida só terá maior sentido se estiverem juntos para sempre. Manifestações de afago, gentilezas, palavras adocicadas, olhares ternos ou um leve sussurrar... eis os namorados! Para os namorados cristãos nada seria diferente até aqui. Diria que, ao ultrapassar esta linha de conduta, quando se inicia um contato físico mais íntimo, com os abraços e beijos lascivos, fica mais difícil se controlarem e o mais comum é que chegarão, inevitavelmente, às vias de fato.

Uma recomendação aos jovens é que estabeleçam um padrão bíblico de conduta. Estarão evitando coisas perigosas como excesso de intimidade antes do tempo. O pastor Biork adverte: "Por isso, você, jovem cristão, sim, você é responsável diante de Deus pelo bom andamento do seu namoro. Se o seu namoro se deteriora, a culpa é sua. Se há defraudação, a culpa é sua. O namoro é preparação para o casamento. Não é estimulante sexual. O sexo não precisa de estimulantes, ele é natural" (op. cit., página 84). A intimidade indevida também acontece porque muitas meninas são imprudentes quanto à postura e à maneira de se vestirem. Não sabem andar corretamente, quando andam "balançam mais que trem de subúrbio"; não sabem sentar-se bem, seus modos são provocadores. Usam roupa inadequada, ora curta, ora decotada, ou muito justa ou, ainda, transparente. O homem é acionado sexualmente pelas impressões visuais que recebe. A moda feminina tem conspirado contra a decência no vestir.

Não se pretende, outrossim, que a moça cristã se vista como uma múmia egípcia. Critério, equilíbrio e discernimento são coisas importantes. Uma mulher pode e deve ser feminina e atraente sem, contudo, haver conflito com o que as Escrituras prescrevem.

Outras vezes, a intimidade é sugerida porque há namorados que gastam tempo lendo material de teor pornográfico ou assistindo vídeos obscenos. Isto, além de entulhar a mente com sujeira, nada faz para que haja amadurecimento das personalidades; ao contrário, vulgariza o relacionamento e induz à prática de todo tipo de perversão.

(2) Onde namorar - Nem todos os locais e situações são recomendados para a prática do namoro. São locais geralmente escuros e isolados que favorecem a intimidade. O automóvel, nesse sentido, tem-se transformado num foco de perdição. Os casais se encastelam dentro do veículo, cujos vidros já são escuros, do tipo fumé e, estando tudo fechado, a própria respiração se incumbe de embaçar ainda mais a visão. Que é que se imagina que os jovens estão fazendo dentro do carro? Lendo a Bíblia?!!!

É impressionante como muitos namorados gostam do "escurinho". A propósito, convém lembrar o que diz a Palavra de Deus: "O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus" (Evangelho de João 3:19-21).

A busca em si

O casamento na vida humana é plano de Deus. Se o lar e a família estão dentro do contexto divino para o ser humano, isto quer dizer que Deus quer participar do projeto. Mas deve ser também o plano humano e isto significa que há esforços a serem envidados para que se atinja o objetivo.

(1) Oração – Orar é parte integrante da vida espiritual. O cristão que não ora evidencia fraqueza ou retardamento. Nem sempre a oração parece ser eficaz. Muitos cristãos oram e oram mas percebem que Deus não irá responder. Depois se queixam que foram abandonados por Ele. A oração há de ser coerente com a vida. Não adianta orar e continuar tendo uma vida errada diante de Deus, pois não haverá resposta. Será preciso acertar o que está errado primeiramente.

(2) Desenvolvimento dos dons – Paralelamente à vida de oração, o rapaz ou a moça devem iniciar um processo de preparo para a vida que desejam ter. Deverão se envolver com atividades ocupacionais ou profissionalizantes, buscando equacionar as finanças de tal maneira que os motive a dar os passos necessários para instalação e manutenção do futuro lar.

Conclusão

Quando os nubentes se postam à entrada do templo, terminada a cerimônia, para os cumprimentos dos familiares, amigos e convidados, nenhum deles espera receber qualquer palavra negativa ou desencorajadora. Antes, as palavras que se ouvem, entre muitos abraços, são votos de paz, alegrias e felicidades mil. A verdade é que os noivos desejam realmente essa felicidade.

Mas, por que, diante de tantos e tão bons augúrios, o casamento se arrasta depois mediocremente, quando não resvala para o abismo da separação?

Se o namoro foi mau, o casamento não será melhor, a menos que Deus, por um ato de misericórdia intervenha na vida dos dois.

Sempre tenho dito que Deus tem duas mãos: mão de bênção e mão de ira. Bênção para o filho que, além de amar o Pai, obedece aos seus princípios; Ira para o filho rebelde que questiona os padrões do Pai e desobedece.

Qual das mãos você quer?

Francisco Ogeda é pastor, diretor do Ministério
Vivenda de Casais e colaborador do eucreio.com